Frankenstein: um herói romântico?

 

 

Luis Filipe Ribeiro

Universidade Federal Fluminense


Resumo

Uma leitura de Frankenstein, de Mary Shelley, que tenta rastrear, nas contradições vividas pelo monstro criado pela ciência alucinada do jovem Dr. Frankenstein, os traços de um irrecorrível romantismo. A ficção científica inaugural de Mary Shelley não deixaria, assim, de subordinar-se aos valores dominantes no seu entorno cultural e literário.

 

Abstract

Mary Shelley novel's Frankenstein, show us some Romantism features in the monster created by Dr. Frankenstein, a young doctor who was completly envolved in the scientific world. The opening novel of Mary Shelley was submited of the dominated values of her cultural and literary context.


Quando naquela noite do verão de 1816, perto de Genebra, o acaso colocou juntos Lord Byron, seu médico John Polidori, Percy Bisshe Shelley e sua mulher Mary Wollstonecraft Shelley, talvez não soubesse o que estava fazendo. O lorde-poeta havia alugado, para o verão, a Villa Diadoti nas praias do Lago de Genebra. Ali também estavam Shelley e sua jovem segunda-mulher, vindos da Itália. A reunião fez-se inevitável e o verão não quis colaborar: a chuva desabou furibunda, com seu concerto de raios e trovões. Na noite de 16 de junho, o casal Shelley, vindo de Chapuis onde se alojava, para visitar Lord Byron, não pode retornar devido à violência da tempestade. Nessa circunstância e nesse clima, resolveram entregar-se os quatro - Byron, Polidori, Percy e Mary - à leitura de histórias de fantasmas, traduzidas do alemão para o francês. Findo o exercício, cristalizada a atmosfera no mínimo estranha, Lord Byron propõe: "cada um de nós vai escrever uma estória de fantasmas". Aceito o desafio, todos se põem à obra, com diferentes resultados, nenhum deles atingindo um nível mínimo de aceitabilidade. Byron chegou a aproveitar, mais tarde, a história que havia engendrado na parte final de seu conhecido poema "Mazeppa". Só Mary Shelley não conseguiu apresentar o seu texto no dia seguinte. Mas a idéia não a abandonou mais e, no dia 22 de junho, 6 dias após a noite memorável, ela leria o que, mais tarde, se transformaria no "Capítulo 4" de seu livro - Frankenstein: o moderno Prometeu [1] - imortalizado por quase dois séculos de leituras e muitos milhares de leitores fiéis. A redação é completada em maio do ano seguinte e, em março de 1818, a obra é publicada. 178 anos depois estamos nós a ocupar-nos, ainda uma vez, do herói nascido da imaginação dessa jovem de 19 anos, filha de duas figuras exponenciais da cultura européia e casada com um poeta famoso e 19 anos mais velho que ela. Os pais: Mary Wollstonecraft, proto feminista famosa, e William Godwin, filósofo e romancista. O marido: Percy Bisshe Shelley, poeta consagrado. Mais que isso, sua personagem deslanchou no imaginário ocidental, onde fixou residência ao que parece definitiva. Inúmeras são as versões que dela se construíram e, no imaginário popular, pode-se afirmar que já independe de qualquer autoria reconhecida. Adquiriu vida independente e criou a sua própria tradição: não há, seguramente, maior índice de sucesso para uma criação do espírito. Porém, o que me importa aqui é tentar elaborar a pergunta relativa ao sucesso e à permanência dessa personagem que teria tudo para afugentar os seus leitores, tamanho é o horror que parece inspirar. Basta lembrar a filmografia que inclui desde o sucesso de Bela Lugosi ao Frankenstein de Coppola. Em que, tal personagem toca tão fundo na sensibilidade de quem dela se aproxima? Por que, o horror de suas formas desajeitadas exerce o encanto fatal? O que, no misto de deformações que a constitui, nos conduz ao abismo da admiração? Tais perguntas, que poderiam perfeitamente adequar-se a qualquer das produções contemporâneas na especialidade do terror , conduzem necessariamente a permanências culturais que sensibilizam nossos medos ancestrais. Mas, ainda uma vez, não é disso que se trata. Trabalho aqui com um texto literário de qualidade indiscutível e minha pergunta restringe-se a ele, mesmo que suas repercussões continuem a espalhar-se, em ondas concêntricas, pelos limites da cultura ocidental e quiçá de outras. Em primeiro lugar, não resta dúvida de que o tema da criação da vida, num desafio permanente seja aos valores cristãos, seja à própria natureza concebida como princípio, não deixa de ser fascinante e perigoso. Em todas as épocas, os homens sempre pensaram e amedrontaram-se com tal hipótese. Ainda hoje, os experimentos com a engenharia genética não me deixam de dar razão. Assim, o fato de o Dr. Victor Frankenstein trabalhar em seu laboratório, de forma alucinadamente doentia, para construir primeiro um cadáver de qualidade e depois infundir-lhe a centelha da vida, tem o seu lado de fascínio. É o pacto com o desconhecido que não está ausente em nenhuma cultura. Desde a criação de Prometeu, nas Metamorfoses de Ovídio, às passagens do Paraíso Perdido, de Milton, que fazem referência à criação do homem, dizem respeito a esse mesmo problema. O próprio Goethe, no segundo Fausto, ensaia a criação de um homúnculo em laboratório. Não era então a novidade do tema o que conduziu as mãos da jovem Mary Shelley nessa empreitada. Na busca em que se empenhou, ao longo de seis dias, para conseguir responder ao desafio proposto por Byron, afirma ela que: Muitas e longas eram as conversas entre Lord Byron e Shelley às quais eu assistia como ouvinte devota, mas silenciosa. Durante uma delas, discutiu-se sobre várias doutrinas filosóficas e, entre outras, sobre a natureza do princípio da vida, e se havia possibilidade de ele ser descoberto e comunicado a algo. Eles falavam das experiências do Dr. Darwin (Não me refiro ao que o doutor realmente fez ou disse que fez, mas no meu próprio interesse, no que se falava que ele teria feito), que havia guardado um pedacinho de aletria numa caixa de vidro até que, por algum meio extraordinário, ele começou a se mover voluntariamente. Afinal de contas, não era assim que a vida devia ser criada. Talvez se pudesse reanimar um cadáver; as correntes galvânicas tinham dado sinal disso; talvez se pudesse fabricar as partes componentes de uma criatura, juntá-las e animá-las com o calor da vida.

Depois da discussão, a que ela, em suas próprias palavras, assiste com devoção, segue-se uma longa noite em que:

Coloquei a cabeça sobre o travesseiro, mas não consegui dormir, nem podia dizer que estivesse pensando. Minha imaginação, solta, possuía-me e guiava me, dotando as sucessivas imagens que se erguiam em minha mente de uma clareza que ia além dos habituais limites do sonho. Eu via - com os olhos fechados, mas com uma penetrante visão mental -, eu via o pálido estudioso das artes profanas ajoelhado junto à coisa que ele tinha reunido. Eu via o horrível espectro de um homem estendido, que, sob a ação de alguma máquina poderosa, mostrava sinais de vida e se agitava com um movimento meio-vivo, desajeitado. Deve ter sido medonho, pois terrivelmente espantoso[sic! ] devia ser qualquer tentativa humana para imitar o estupendo mecanismo do Criador do mundo. O sucesso deveria aterrorizar o artista; ele devia fugir de sua odiosa obra cheio de horror. Ele esperaria que, entregue a si mesma, a centelha de vida que ele lhe comunicara extinguir-se-ia, mergulharia na matéria morta, e ele poderia então dormir na crença de que o silêncio do túmulo envolveria para sempre a breve existência do hediondo cadáver que ele olhara como berço de uma vida. Ele dorme; mas é acordado; abre os olhos; avista a horrorosa coisa de pé ao lado de sua cama, afastando as cortinas e contemplando-o com os olhos amarelos, vazios de expressão, mas especulativos. [2]

Aí está a mais completa sinopse da criação dessa personagem que se poderia escrever. Ela faz parte da "Introdução da autora" , escrita em 1831 para uma edição popular do livro, 13 anos após a primeira. Ela espelha, com exata fidelidade, o processo de concepção da personagem e de suas relações com o seu criador. Não seria exagero psicologista lembrar que Mary Shelley perdeu três dos quatro filhos que teve - e todos antes de 1831 -, seja por aborto, seja por parto prematuro. O problema de dar vida ou criá-la artificialmente não devia perpassar por seu espírito gratuitamente. Fascínio e horror estão intimamente associados na sinopse, tal e como a psicanálise já tratou do tema. Como esta não é seguramente a perspectiva com que desejo trabalhar, a anotação serve principalmente para compor o espaço de enunciação, ou seja, aquele conjunto de relações que condiciona e caracteriza a produção do discurso. Mary Shelley enfrenta o desafio duplo de sua imaginação e de seus fantasmas internos, para, através da criação, equacioná-los e dar lhes o sopro de vida que distribui igualmente ao monstro que emergirá de suas páginas imortais. O seu processo de criação e a sua constituição discursiva é que hão de interessar-me daqui para a frente. É fundamental assinalar que no dia 22 de junho de 1816, ela leu, aos demais partícipes do desafio, um texto que, de alguma forma, resultou no Capítulo 4 do livro. A longa narrativa que constitui este último é obra posterior. O núcleo continua o mesmo e sua temática não se altera. O que é extremamente curioso é que, principalmente nos filmes, o que deslumbra é o cenário de laboratório, com suas incríveis engenhocas, capazes de infundir vida a um cadáver construído. No livro, este aspecto não tem a menor importância, resolve-se em poucos parágrafos e o próprio momento da infusão de vida sequer é tematizado como imagem narrada. Não é este um tema que ocupe a escritora. São outros os aspectos que movem a sua pena detalhista e minuciosa. O livro tem uma construção complexa. Ele é narrado, inicialmente, por um certo Robert Walton, pesquisador obcecado com a idéia de chegar ao Pólo Norte. Em cartas à sua irmã, Sra. Saville, conta como se desenrola sua viagem rumo às geleiras eternas. A primeira já é postada de São Petersburgo, naquele então, fronteira do mundo civilizado. É em meio a uma série de desventuras, em pleno deserto ártico, quando seu barco encalhara num mar congelado, que ele avista aproximar-se deles um trenó, com um homem absolutamente esgotado, que, recolhido a bordo, morre poucos dias depois. Morre não sem deixar, em longa narrativa ao capitão Walton, a memória de suas desventuras. Esse náufrago, e não só dos mares gelados, mas principalmente da vida, era o Dr. Victor Frankenstein. Torna-se ele um narrador dentro da narrativa. É dentro da moldura da vida de Robert Walton - um pesquisador e aventureiro inglês, a sua vez criado pela pena de Mary Shelley - que se situa o narrador suíço, para registrar a trajetória de sua tragédia pessoal. Não é de pouca importância o fato de os dois se encontrarem nas solidões geladas do ártico. Na fossem eles personagens românticas! Precisam de distância relativamente às grandes cidades e da solidão da natureza, para poderem expandir aos extremos as suas individualidades criadoras. É mundo de aventuras, muito distante da burocrática repetição do cotidiano que constitui o cerne da vida do comum dos mortais. São, ao contrário, dois descobridores, dois homens de fronteiras: um das geográficas, buscando o fim do mundo; outro, das humanas, procurando o início da vida. Dr. Victor Frankenstein, pesquisador, médico, curioso - que doa metonimicamente, não na obra, mas na posteridade do imaginário, à sua criatura seu nome de família - é esse obstinado que irá desafiar não só o conhecimento de seu tempo e de seus professores, bem como os limites da religião e da ética. Em nome de sua pesquisa e objetivo, rouba cadáveres, estuda as entranhas da matéria e os processos vitais, sem, em momento algum, aceitar limites sejam humanos, sejam sociais. Sua pesquisa o toma por inteiro e a ela dedica-se de forma integral. Afasta-se dos homens e da vida, para mergulhar de cabeça na aventura intelectual. Rompe com preconceitos e tenta construir um ser humano superior. Em sua visão, estava usando os melhores materiais, as matérias-primas mais nobres que conseguia encontrar, as técnicas mais avançadas de que dispunha. Se o resultado, do ponto de vista estético, é pífio é porque as condições materiais de seu trabalho não lhe ofereciam as sutilezas de que dispõem, hoje em dia, os cirurgiões plásticos. Se delas dispusesse, não iria por certo parir um monstro material e talvez, em compensação, a sua criatura não conquistasse o mundo, da forma como o fez. Cria um homem muito mais alto do que a média, muito mais forte e, como se verá adiante, muito mais inteligente. Na verdade, gera um super-homem. Sua criatura vive e escapa-lhe, em seguida. Nasce adulto, mas mentalmente criança. Deve aprender desde a fala até os mistérios da ciência por conta própria, já que, desde o primeiro instante de sua vida, é abandonado pela humanidade, a começar por seu criador, e, portanto, seu pai efetivo. Enquanto o Dr.Victor Frankenstein dorme extenuado, após o parto, sua criatura abandonada foge para as ruas onde deve experimentar, desde um primeiro momento, a amarga experiência da rejeição. Enorme, disforme, assustador e terno, ele busca apenas o carinho, a companhia e a compreensão dos demais, tomados como seus semelhantes. É bom lembrar que ele ainda não dispõe de espelhos quer físicos, quer de outro tipo. Os outros são, para ele, aqueles com quem ele deseja a mais elementares identificação e integração. Para não ser destruído, ameaça que enfrentou nos primeiros momentos de vida na rua, teve que destruir. Sua descomunal força, sua indiscutível superioridade física, fez com que uma pequena multidão se pusesse em marcha batida, para não sucumbir diante daquele que, a partir daquele momento, começava a ser considerado pelos outros e, portanto, por ele mesmo, um monstro. Procura a solidão dos campos, vive escondido, desfruta clandestinamente da felicidade alheia, ajudando aqueles que considera, pela mera contigüidade física, ainda que desconhecida por eles, seus amigos. Evita que passem fome, apesar do inverno rigoroso, colhendo com sua descomunal força física, os alimentos que o solo gelado aprisionava com a força da natureza indomada. Ouvindo-os, aprende a falar; observando a mãe que alfabetiza a filha, alfabetiza-se, utilizando como livro-texto o diário de seu criador que carregava consigo desde a primeira hora. Constrói uma vida em segredo e quando tenta aproximar se fisicamente do velho avô das crianças, cego pela idade, é surpreendido pelo filho que regressara e expulso a cacetadas, às quais não reage, porque ama de verdade os amigos que adotara. Estes fogem do monstro, desaparecem nas curvas de um mundo construído por padrões que não conseguem integrar uma criatura essencialmente boa, mas disforme fisicamente. A fealdade é aí sinônimo de maldade. A cada dor sofrida, Frankenstein, a criatura, tenta lidar com uma solidão que é muito maior do que ele mesmo. É nesse momento que começa a elaborar a revolta contra o seu criador. Com que objetivos o criara, se o abandonara após o nascimento ? Que objetivos poderia ter em vida, se era único, inconfundível e sistematicamente excluído de todos os meios em que a presença humana desse o ar de sua graça? Como sobreviver num meio hostil, senão com as mesmas regras que dele apreendera: a violência contra o diferente, contra o excluído? Assim, começa por assassinar o irmão mais moço de Victor, num movimento claríssimo de atingi-lo no que tinha de mais precioso. Não só o mata, como elabora uma diabólica estratégia para lançar a culpa do crime sobre a criada que educara a infeliz criança. Ela morre na forca, para o desespero de Victor Frankenstein que, nessa altura dos acontecimentos, já pressentia a sinistra mão de sua criatura agindo no seio de sua família, que abandonara enquanto se dedicava a dar vida ao pesadelo que agora começa a destruí-lo. É nesse contexto narrativo, sem esquecer de que o narrador é o próprio Victor Frankenstein, que a criatura atrai para os cumes gelados dos Alpes - sua morada segura - aquele que fora o responsável pelos seus dias. Na sua morada - a natureza gelada e inóspita -, ele revela a essência de seus problemas ao seu criador, chamando-o à responsabilidade paterna. Pede-lhe, nada mais nada menos, que ele lhe dê uma companheira de vida. Quem cria um, cria mil! Ele não quer nada mais que qualquer outro mortal poderia querer: companhia amorosa. Sua solidão, sua rejeição pelo mundo externo, sua carência de afeto desejam encontrar consolo com a presença do outro complementar. Promete ele que, satisfeito seu desejo, retirar-se-ia com sua amada para as solidões geladas do pólo. Sua superioridade física, encontra nas regiões mais agrestes, ambiente agradável para a sobrevivência física. Com isso coloca o Dr. Victor Frankenstein diante de um dilema moral tenebroso. Atendê-lo significa atender aos anseios os mais elementares de qualquer ser humano - e a criatura, queira-se ou não, é um deles. Mas, ao mesmo tempo, estaria colocando no mundo uma fêmea para um ser que é considerado um monstro e, com isso, possibilitando a sua reprodução. Preso por ter cão, preso por não ter cão! Ademais, ameaça a criatura, se não ganhar sua companheira, não permitirá que Victor desfrute a sua lua-de-mel. Soube ela desenvolver de maneira competente o instinto de vingança e a chantagem afetiva, tão completamente humanos. Daí em diante, a sucessão de crimes não se detém diante de nada. De morte em morte, Frankenstein filho vai destruindo Frankenstein pai. Atinge-o por todos os lados, mas não o atinge nunca no centro de sua existência. Tortura-o lentamente, matando-lhe todos os que lhe são queridos e, contraditoriamente, abrindo espaço vacante para incluir-se na afetividade paterna, sistematicamente negada. E assim, de perseguição em perseguição, já que Victor jurara matá-lo, depois de ver sua amada esposa ser destroçada na própria noite de núpcias, vão ter os dois às solidões geladas do pólo norte. É neste momento que, exausto e exaurido até os limites de suas últimas forças, o Dr. Frankenstein encontra a nave encalhada de Walton. Nela morre, depois de relatar sua história ao capitão. Mal sabia que, pouco depois, seu inominável filho chegaria para chorar, à sua maneira, a morte de seu criador. Nesse momento, diante da tripulação atônita, a medonha criatura recita um longo monólogo que é um dos mais comoventes manifestos do romantismo que conheço. Lamenta aí toda a solidão e a incomprensão do mundo; o destino individual e a busca permanente da complementação amorosa; a frustração necessária e os anseios criadores. É a nênia de um monstro, recheado de ternura imensa e amor reprimido. É a fraqueza do forte, a fortaleza da débil e gemebunda criatura nascida, não nos laboratórios da ficção-científica, mas dolorosamente das dobras complicadas e eternamente misteriosas de nossas próprias incapacidades e frustrações. Que mais se pode pedir a tal monstro, para revelar a sua face essencialmente romântica?

 

Notas:

[1] - Shelley, Mary Wollstonecraft. Frankenstein: o moderno Prometeu. Tradução de Miécio Araújo Jorge Honkis. 2ª ed. Porto Alegre: L&PM, 1985. Retorna ao texto

[2] - Op. cit., p. 11. Retorna ao texto


Luis Filipe Ribeiro é professor de Teoria da Literatura, no Instituto de Letras, e de História e Literatura, na Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense. É Mestre em Letras , pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1981) e Doutor em História , pela Universidade Federal Fluminense (1994). Publicou, entre outros títulos, Mulheres de Papel: um estudo do imaginário em José de Alencar e Machado de Assis. Niterói: EDUFF, 1996.


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