Sônia
Maria van Dijck Lima
Projeto "Ateliê de José Lins do Rego"
RESUMO
O arquivo de José Lins do Rego guarda o manuscrito de Meus verdes anos, graças ao qual podem ser reconstituídos os movimentos de linguagem deste autor. No presente trabalho, mostram-se alguns exercícios lingüísticos de José Lins do Rego.
RÉSUMÉ
Les archives de José Lins do Rego contient le manuscrit de Meus verdes anos qui permet de reconstituer quelques procédés de création du langage de cet auteur. Les exercices linguistiques de José Lins do Rego y sont montrés par quelques exemples.
Meus verdes anos, de José Lins do
Rego, foi publicado pela José Olympio em 1956, tendo sua
2ª edição já no ano seguinte, pela mesma
casa editora. O manuscrito desse livro encontra-se em João
Pessoa (PB), no Museu José Lins do Rego, e vem sendo estudado
pela equipe do projeto "Ateliê de José Lins do
Rego"[1].
O autor utilizou como suporte mais de três cadernos pautados do
tipo espiral, que depois foram desfeitos e encadernados
[2].
São 232 folhas, numeradas até 241 [3];
a diferença de nove folhas entre o número real de
unidades do volume e a numeração registrada deve-se a
uma incorreção do autor, que após o
número 40 passa a registrar o número 50, seguindo
até 241; tendo percebido o equívoco, renumera as folhas
de 41 a 49, quando interrompeu a correção; por isso a
numeração continuou seguindo a partir de 59 até
241(Agra, 1992, p. 11).
O documento não tem data e nem assinatura. O melhor atestado
de sua autoria está na primeira folha, em cuja margem superior
foi acrescentada a dedicatória: Para Naná, minha
fonte de vida [4].
De acordo com a documentação da Fundação
Espaço Cultural da Paraíba, a que pertence o Museu
José Lins do Rego, o documento foi entregue à
instituição por Francisco José Lins do Rego
Santos, neto do autor de Menino de engenho, no dia 9 de
setembro de 1987 (Agra, 1992, p. 11).
O manuscrito propriamente dito não tem um título geral,
sua identificação definitiva resulta de
colação com a publicação Meus verdes
anos. O volume, tendo sido encadernado em couro vermelho, traz no
dorso as informações de título e de autoria. Na
folha "1", além da dedicatória acrescentada na margem
superior, lê-se, na primeira linha, como título
provável de uma parte ou de uma primeira parte: "A casa do meu
avô". Sempre respeitando apenas a margem superior, exceto no
caso da folha"1" com o acréscimo da dedicatória, o
autor utilizou todo o espaço da frente de cada folha,
invadindo mesmo as margens esquerda e inferior. Não escreveu
no verso das folhas. O registro gráfico faz-se de forma
contínua, sem marcas de parágrafo ou de divisão
de partes ou capítulos da obra.
No movimento da escrita, muitas vezes o autor abre aspas, mas
não as fecha, ou fecha aspas que não havia aberto.
Trata-se de falas de personagens a quem é concedido o discurso
direto livre; na publicação, o discurso direto livre
está assinalado pelo travessão no início do
parágrafo. O autor passa de um quadro ou de um episódio
a outro sem qualquer marca de limite da mudança do tema do
discurso narrativo. A escrita sem interrupções
gráficas de partes, parágrafos e sem travessões,
e com apenas uma das partes do aspeamento, dá a
impressão de ter sido lançada de um jato, da primeira
linha ao ponto final. Todavia, a sua extensão não
autoriza essa hipótese. As diferentes tonalidades da tinta
utilizada assim como as ocorrências nas entrelinhas contrariam
a aparência inicial e asseguram que o documento foi escrito no
curso de bom espaço de tempo, tendo havido retomadas de
releitura para modificações.
Identificado o documento, a providência inicial foi proceder a
sua decifração, para transcrição e
organização do prototexto, instrumento de trabalho da
equipe, respeitando-se a passagem de uma folha para outra do
original.
Segundo Maria Lúcia de Souza Agra (1992, p. 26) , a ortografia
presente em Meus verdes anos "segue os princípios do
sistema ortográfico de 1943, trazendo, contudo,
resquícios do sistema misto." Além disso,
José Lins do Rego apresenta uma certa indisciplina
ortográfica, deixando mesmo de grafar alguns acentos. Esses
fatos podem ser indicativos de uma maior ou menor
atenção durante a escrita ou do ritmo do trabalho de
escrever, ou ainda de uma certa despreocupação de
José Lins do Rego, confiante no editor.
O manuscrito conhecido não é, contudo, o texto entregue
ao editor e publicado em 1956. A colação entre o
manuscrito e a primeira edição revela diferenças
de texto que merecem destaque. Citamos duas das ocorrências. No
manuscrito [5],
temos, na folha "5":
Tivera filhos com as negras e a mulher criara [os filhos] <as crias bastardas.>
A substituição de filhos por crias bastardas não se confirma na publicação, em cuja página 16 lemos:
Tivera filhos com as negras e a mulher criara os rebentos bastardos.
Logo no início da narrativa, lemos no manuscrito:
Dona Amélia morreu de [perda] [<parto>] <febre> de menino morto. (f. 2 )
as sucessivas hesitações traduzem um processo metonímico que aproxima o agente do resultado, para se concluir, na publicação, como:
Dona Amélia morreu de menino nascido morto. (p. 11 ).
Entendemos, portanto, que o manuscrito entregue
à Paraíba corresponde a uma fase muito inicial da
escritura, tendo havido pelo menos um outro texto, no qual o sintagma
crias bastardas foi substituído por rebentos
bastardos , e as alternativas para apontar a causa da morte
tenham sido colocadas em contigüidade com menino nascido
morto , sendo assim entregue à editora. Segundo
esclarecimento que nos foi prestado por José Aderaldo
Castello, baseado em informação de Daniel Pereira,
irmão de José Olympio e uma das pessoas mais
importantes da Editora, José Lins do Rego entregava os
originais manuscritos ao datilógrafo e, freqüentemente,
acompanhava o trabalho de passar a limpo o texto; provavelmente,
fazia alterações ao ditar o texto ao
datilógrafo. Logo, houve uma cópia datilografada entre
o manuscrito e a primeira edição de Meus verdes
anos. Nesse original datilografado entregue para a
publicação, o autor deve ter superado a falta de
parágrafos e outros problemas que apontamos anteriormente,
assim como deve ter estabelecido a divisão das partes nas
quais o livro se organiza, numerando-as em romanos, depois de ter
eliminado o título inicial "A casa do meu avô". Nesse
documento desconhecido, deve constar o título Meus verdes
anos.
O documento tem sido objeto de estudo, no curso do projeto
"Ateliê de José Lins do Rego" e algumas
modificações verificadas na escritura já se
encontram analisadas. Por exemplo, no que se refere aos elementos
agenciadores da narrativa, particularmente quanto à
construção do narrador e do narratário, foi
realizado amplo estudo por Maria Lúcia de Souza Agra (1992). A
reconstituição dos procedimentos de
elaboração do discurso memorialístico de
José Lins do Rego mereceu estudo de Wilma M. de
Mendonça, que destacou algumas modificações
operadas na passagem do manuscrito à publicação,
procurando entender o "objetivo inutilmente perseguido pelo autor
de Meus verdes anos de busca e
revisão de sua trilha existencial sem a mediação
da imaginação" (1993, p. 163-168). Do ponto de
vista estilístico, Geralda Medeiros Nóbrega deteve-se
na análise de fragmentos do prototexto, tendo verificado a
presença de um protonarrador-estilista, que testa a
eficácia da escritura, sendo influenciado pela atitude do
autor-leitor (1993, p. 169-175).
Todavia, é o regionalismo, na obra de José Lins do
Rego, o aspecto normalmente salientado pelos críticos
literários. Neroaldo Pontes de Azevêdo afirma:
"Quanto ao regionalismo, porém, não sobra
dúvida ter sido a preocupação mais decisiva na
formação do escritor paraibano José Lins "
(1991, p. 212), e assegura, em seguida: "No Nordeste que
José Lins do Rego vivenciou é que ele vai buscar a
substância fundamental de sua obra. Não só o que
dizer, mas também o como dizer " (1991, p. 223). Por sua
vez, Peregrino Júnior considera: "Com a
vinculação do romance com o povo, incorporou à
sua problemática, ao seu temário e ao seu estilo as
peculiaridades mais genuínas das expressões coloquiais
do Nordeste " (1991, p. 190). Dessa forma, é pertinente
verificar, a partir do manuscrito, o processo de
atualização de uma linguagem popular regional (o
"como dizer ", a que se refere Neroaldo Pontes de
Azevêdo) em Meus verdes anos [6].
Naturalmente, a construção de uma linguagem é
fenômeno complexo, cuja análise não pode ser
satisfatoriamente cumprida nos limites de uma rápida
abordagem, como a deste trabalho. Passaremos, então, a
destacar, para uma rápida demonstração dos
processos de construção do discurso de José Lins
do Rego, em Meus verdes anos, situações
exemplares, colhidas no prototexto. O texto publicado passará
a ser indicado como MVA; o prototexto, Prot.
MVA: ...enormes lubins no toutiço e com orelhas de abano. (p. 48)
Prot.: ...enormes lubins [nas costas] no <toutiço> e com orelhas de abano. (f.. 25 )
Conforme o Atlas lingüístico da
Paraíba (Aragão, M. S. S., Menezes, C. P., 1984, v.
1, p. 143), a protuberância notada nas costas dos bois, como
uma corcova, recebe vários nomes nas diversas regiões
da Paraíba: cupim, castanha, tuntum e lubim, entre outros.
Assim, ao descrever o gado, e tendo já realizado uma forma
regional, compreende-se a substituição de nas
costas por no toutiço , que, apesar de não
pertencer ao nível popular regional, é atualizada no
registro familiar (Aulete, 1964, v. 5, p. 4013) [7],
relacionando-se, dessa forma, com a tonalidade popular regional
já impressa ao discurso no início do sintagma. Trata-se
de movimento de escritura análogo ao da
introdução de camarinha , quando prevalece o
popular regional:
MVA: "Olha, Luísa, vai na camarinha onde eu dormia... (p. 44)
Prot.: Olha, Luiza, vai, na [quarto] <camarinha> onde eu dormia... (f. 23)
Vejamos alguns outros fragmentos que ilustram
exemplarmente os movimentos do discurso de José Lins do
Rego:
MVA: ...falavam de aparições... (p. 23)
Prot.: ...falavam de [visagens] <aparições> ...(f.10)
A ocorrência de visagens contribui
para uma dicção popular regional. A
modificação para aparições conduz
o discurso para outro nível de linguagem.
Aparição , do latim apparitione,
significa manifestação súbita de um ente,
visão, fantasma. Por sua vez, visagem , do
provençal visatge, só como brasileirismo
significa fantasma, pois seu sentido original remete a rosto e,
modernamente, a esgar, trejeito fisionômico, significados esses
que não eram aqueles buscados por Lins do Rego (Lello, J.,
Lello, E., 1989, p. 81 e 1251) [8].
Outras vezes, são expressões de gosto popular regional
que desaparecem na publicação, muitas vezes sem que
haja marcas de rasura no manuscrito. Isso pode ser verificado, por
exemplo, com a atualização de estropiços
, variante de estrupícios (Aragão, 1990, p.
108). Em algum momento da escritura, houve troca por gritos ,
apesar de, no manuscrito conhecido, não haver registro da
substituição:
MVA: ...todos aqueles gritos do marido não valiam de nada. (p. 120)
Prot.: ...todos aqueles estropiços do marido não valiam de nada. (f . 83)
Vale salientar, porém, que o acento popular
permanece no fragmento graças a manutenção da
expressão não valer de nada , freqüente na
boca dos nordestinos.
Também em algum momento da escritura o autor realizou a
modificação:
MVA: Dizem que até barão encheu o papo com a desgraça do povo. (p. 131)
Prot.: Dizem que até barão encheu o rabo com a desgraça do povo. (f. 90)
Mantendo o gosto popular em encheu o papo,
a hipótese é que a alteração aconteceu
por razões de estilo, impedindo a introdução do
calão.
Fenômeno que revela o leitor-crítico na retomada
imediata do texto é o emprego de cocho:
MVA: ...corria de manso para uma ancoreta com funil, (p. 41)
Prot.: ...corria de manso para uma [cocho] ancoreta com funil, (f. 20)
Descrevendo o alambique, o primeiro movimento de
escritura lança cocho, vasilha cavada em um tronco de
madeira, na qual se coloca comida ou água para os animais
(Aragão, 1990, p. 72). A impropriedade do uso de cocho
para nomear os utensílios do alambique levou o autor a
escolher ancoreta , nomeação acertada.
A crítica literária desconhece as formas alternativas
experimentadas pelo autor, formas essas que traduzem um
repertório lingüístico assim como um universo
cultural freqüentado por ocasião da escritura. Por outro
lado, voltando-se para os documentos originais do texto, sem
privilegiar essa ou aquela lição, o geneticista,
estudioso de manuscritos modernos, reencontra complexas
operações metalingüísticas, pois, no eixo
das similaridades, as formas escolhidas para a
publicação, e, portanto, organizadas no eixo das
contigüidades, falam daquelas que foram expurgadas,
alimentando-se, ao mesmo tempo, de seus significados. O interesse
consiste em preservar os traços reveladores dos caminhos
percorridos nos eixos da linguagem, reconstituindo os movimentos de
seleção e de combinação executados na
escritura. Dessa forma, através do manuscrito, podem ser
reconstituídas as formas alternativas experimentadas por
José Lins do Rego em Meus verdes anos, que
atualizam a relação dialética entre uma bagagem
lingüística e cultural de fatura erudita e uma linguagem
de gosto popular e regional. [*]
Referências bibliográficas
AGRA, Maria Lúcia de Souza. A construção
da estratégia narrativa no prototexto de MEUS VERDES ANOS.
João Pessoa, 1992. Dissertação (Mestrado em
Letras) Curso de Pós-Graduação em Letras,
Universidade Federal da Paraíba.
ARAGÃO, Maria do Socorro Silva de e MENEZES, Cleusa Palmeira
de. Atlas lingüístico da Paraíba.
Brasília: CNPq/ UFPB, Coordenação Editorial, v.
1, 1984.
ARAGÃO, Maria do Socorro Silva de. A linguagem popular
regional na obra de José Lins do Rego. João Pessoa:
FUNESC, 1990.
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da
língua portuguesa, 2. ed. bras. Rio de Janeiro: Delta, v.
5, 1964.
AZEVÊDO, Neroaldo Pontes de. José Lins do Rego:
trajetória de uma obra. In: COUTINHO, Eduardo F. e CASTRO,
Ângela Bezerra de (org.) José Lins do Rego. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira; João Pessoa:
FUNESC, 1991 (Fortuna Crítica, 7).
LELLO, José e LELLO, Edgar. Dicionário
prático ilustrado, ed. actu. e aum. Porto: Lello e
Irmão, 1989.
MENDONÇA, Wilma M. de. Discurso memorialístico e
crítica genética. In: ENCONTRO DE ECDÓTICA E
CRÍTICA GENÉTICA, 3, 1991. Anais... João Pessoa:
Idéia, Associação de Pesquisadores do Manuscrito
Literário, 1993, p. 163-168.
NÓBREGA, Geralda Medeiros. Fragmento de Meus verdes
anos: gênese de um estilo memorialista. In: ENCONTRO DE
ECDÓTICA E CRÍTICA GENÉTICA, 3, 1991. Anais...
João Pessoa: Idéia, Associação de
Pesquisadores do Manuscrito Literário, 1993, p. 169-175.
PEREGRINO JÚNIOR. Língua e estilo de José Lins
do Rego. In: COUTINHO, Eduardo F. e CASTRO, Ângela Bezerra de
(org.). José Lins do Rego. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira; João Pessoa: FUNESC,
1991 (Fortuna Crítica, 7).
TARGINO, Josete Oliveira. Classificação e estudo das
rasuras de Meus verdes anos. In: ENCONTRO DE ECDÓTICA E
CRÍTICA GENÉTICA, 3, 1991. Anais... João Pessoa:
Idéia, Associação de Pesquisadores do Manuscrito
Literário, 1993, p. 181-185.
Notas
[1]
Participaram, em diferentes exercícios do projeto, da
equipe de transcrição do manuscrito de Meus verdes
anos: Eduardo Henrique Cirilo Valones, Josete Oliveira Targino
Moreno, Lauro Meller, Leonardo Nogueira, Maria Lúcia de Souza
Agra, Marilene Carlos do Vale Melo, Marli Paz de Souza, Raimunda
Zoraide Dantas Martins, Regivaldo Batista Monteiro, Rejane Maria
Pordeus Pereira, Socorro Rosas. Na atual fase da pesquisa, o projeto
conta com colaboração de Adylla Rocha Rabello,
Anaíres Guimarães de Oliveira, Anita Garibaldi de
Almeida, Flávia de Souza Baptista, Nelson Eliezer Ferreira
Júnior, Nivaldo Rodrigues da Silva Filho, Raimunda de Sousa
Neta, Tessália Régia Dantas de Araújo.
[2] Apesar de se
tratar de uma descrição muito breve e merecedora de
pequenos reparos, remetemos a Josete Oliveira Targino (1993, p. 181).
Recomendamos a descrição feita por, Maria Lúcia
de Souza Agra (1992, p. 1-12). Maria Lúcia, inclusive,
após estudo de fôlego, estabelece a data provável
da escritura de Meus verdes anos.
[3] O
número 1 não foi escrito na primeira folha do
manuscrito. É aqui mencionado como [1].
[4] Naná:
nome da intimidade familiar da sra. Filomena, esposa de José
Lins do Rego.
[5] Nas
citações do documento, usamos a seguinte
convenção: [ ] = rasura; < > =
ocorrência na entrelinha.
[6] Uma primeira
abordagem do fenômeno foi feita por Josete Oliveira Targino
(1993, p. 182-183). Tendo selecionado dois fragmentos, a pesquisadora
verificou a passagem de até para inté e
de quarto para camarinha.
[7] O dicionarista
aponta, inclusive, em Almeida Garrett o uso de "toutiço", com
o mesmo sentido do autor de Usina. Portanto, é
provável que a permanência do vocábulo na
linguagem popular regional, no Brasil, possa ser atribuída a
um registro arcaizante.
[8] Por sua vez,
Maria do Socorro Silva de Aragão (1990, p. 210), citando
ocorrência em Pedra Bonita, informa os significados de
visagem: "Assombração, fantasma, alma do outro
mundo".
[*] Agradecemos
ao Prof. Dr. José Aderaldo Castello a cuidadosa leitura deste
trabalho e suas generosas sugestões.