Zahidé Lupinacci Muzart
Resumo:
Comparação entre os diários de mulheres do século XIX com os modernos" diários íntimos espalhados na rede.
Résumé:
Comparaison entre les journaux des femmes du XIX Siècle et les modernes journaux intimes dispersés dans l'Internet.
Ao escolher, para o presente trabalho, apresentar
algumas considerações sobre diários de mulheres,
deparei-me com uma grande dificuldade, a escolha do tipo de
diário a ser analisado e a escolha dos parâmetros,
idade, sexo, escolaridade, classe social. Diários de idosas ou
de adolescentes? diários íntimos ou literários?
diários de trabalho, de registro de viajantes estrangeiras,
diários espirituais ou laicos, diários em manuscritos
ou publicados?
Antes da busca por diários, julgava que o século XIX,
entre nós, seria pródigo no gênero. Pura
ilusão, rapidamente desmentida pelos poucos encontrados. Na
verdade, o século do diário, das memórias e do
autobiográfico é o século XX. Como o disse A.
Girard em um dos pioneiros bons estudos sobre o
gênero,[1]
nenhuma outra época foi tão rica em testemunhos
pessoais de artistas e escritores como o nosso século. O
diário também tem sido contemplado, atualmente, por um
renovado interesse crítico, multiplicando-se estudos,
análises e publicações.
Tenho procurado diários de mulheres do século XIX. Em
primeiro lugar, os de viajantes estrangeiras. Esgotados, desde suas
primeiras e quase sempre únicas edições,
só consegui alguns em microfilmes, enviados por
bibliófilo.[2]
Estamos reeditando os de Mme. Toussaint-Samson, uma inteligente
francesa que viveu no Rio de Janeiro e que faz
observações muitíssimo pertinentes sobre a vida
no Brasil, a escravidão, os costumes, as mulheres e tudo
aparentemente sem o olhar imperial de outras viajantes; o da
Baronesa de Langsdorff, que veio ao Brasil e aqui permaneceu por seis
meses, acompanhando as tratativas para o casamento da Princesa Dona
Francisca, e o de Flora Tristan, em sua viagem ao Peru. Os
diários de escritoras brasileiras do século XIX
são os de mais difíceis de se encontrar. Este é
o problema real desse tipo de pesquisa: encontrar os diários,
pois se os há publicados, a maioria esconde-se em gavetas ou
já se perdeu para sempre como, por exemplo, as memórias
de Inês Sabino, intituladas Através de meus dias,
manuscrito desaparecido. Esses diários serão, no
presente trabalho, apenas um pretexto para as
considerações suscitadas pela comparação
com os diários de mulheres ao final do século XX,
objetivo principal deste artigo.
Os críticos têm afirmado que o diário é o
lugar de eleição para as mulheres[3]
que teriam predileção por gêneros menores,
mais intimistas como cartas e diários. Como diz Irma Garcia:
No diário, a mulher se joga por inteiro e vê pouco a pouco surgir sua imagem.[4]O diário, como a correspondência, foi durante muito tempo um refúgio para a criatividade feminina privada de outros modos de expressão literária.[5]
No entanto, essas afirmações
são contestadas pela pesquisa de Philippe Lejeune, Le moi
des demoiselles, em que demonstra que a prática do
diário não foi somente um fato feminino, que os
primeiros diários de que se tem notícia são de
homens.A pesquisa de Lejeune apresenta um verdadeiro mapeamento do
diário íntimo na França: o aparecimento nos anos
1780, o eclipse entre 1789 e 1830, a época do diário
"romântico" 1830-1850, do diário de "ordem moral"
1850-1880, a democratização e laicização
no final do século. Já no Brasil, o encontro com os
diários de mulheres no Brasil do século XIX, como
disse, são raros. Maria José Motta
Viana[6]
realizou importante levantamento do que foi publicado na área
mais ampla do memorialismo. Já na
França,[7]
os diários tiveram melhor sorte e muitos manuscritos foram
conservados por Bibliotecas e arquivos. É surpreendente
não só o número registrado como também o
encontro com alguns nomes conhecidos entre as que escreveram
diários íntimos tais como Germaine Necker, Madame de
Staël, a neta de Xavier de Maistre, a mãe do poeta
Lamartine e outras.
Em oposição aos diários escritos por mulheres do
século XIX, a portas fechadas e em seus grossos cadernos de
tão difícil encontro, aparecem hoje os modernos
"diários íntimos" espalhados e derramados na Internet.
Em um século de diários a escrita feminina apresenta
mudanças de tom, de estilo e de intenção. O
intimismo e a moral estrita do século XIX dá lugar a um
derramar-se, a um desnudar-se público. De um diário
escondido, muitas vezes por isso perdido, passa-se ao diário
estilhaçado no vídeo e que mesmo assim se intitula
"íntimo". Este estranho "diário íntimo"
começa com esse paradoxo: o de ser íntimo e aberto a
todos os navegantes, já que não há
seleção de parceiro-leitor, podendo ser linkado
por qualquer um que tenha acesso à rede. Entre o diário
tradicional e o pós-moderno da Internet, salientam-se as
diferenças do meio utilizado já que se perdem as
características principais da privacidade, da intimidade, do
secreto. Segundo Beatrice Didier,[8]
o diário íntimo se caracteriza pelo fracionamento, pelo
descontínuo e pela ausência de elaboração.
O diário seria uma escrita que rejeitaria toda
organização, uma escrita do registro do efêmero.
Philippe Lejeune diz que à época de seus primeiros
estudos sobre autobiografia, o diário permanecia ligado, em
seu imaginário, à idéia de angústia e de
estar à deriva, uma escritura do imediato e do
desencanto.[9]
Segundo ele, antes de ser um texto, um diário é uma
prática pois seu texto não é senão um
subproduto, um resíduo. Manter um diário é antes
de mais nada uma maneira de viver.
Ao olhar-se para as mulheres do século XIX e sua maneira
fechada de viver, pode-se imaginar o ritmo lento de suas vidas, o
tempo longo do dia-a-dia e as diferenças essenciais entre elas
e nós. E elas escreviam então diários, maneira
de ter um outro a escutar suas queixas ou alegrias, de examinar o que
lhes sucedia, de preencher esse tempo. E, por vezes, o momento do
diário se tornava o único momento de vida plena.
Já no final do milênio, para usar a bombástica
expressão em moda, ainda as mulheres escrevem diários
mas estes não são mais secretos, são abertos,
escancarados na rede. Segundo Girard,
"a mudança de valores que testemunha o diário íntimo do século XIX incide sobre a consciência que o indivíduo tem de seu eu, dito de outra maneira, sobre a noção de pessoa ou do eu. Na verdade, os diários íntimos, que aparecem em um momento preciso de tempo e se difundem segundo uma história que lhes é particular, oferecem nesta perspectiva o testemunho mais direto e menos convencional. Esses textos dão uma chance de apanhar como em estado puro a representação que os homens fazem de si mesmos, de seu eu no seu foro íntimo, de suas inquietudes. [10]
Quais as mudanças que ocorreram dos
diários do passado aos atuais? Seriam tantas como se pode
imaginar na primeira abordagem?
A Internet resgata uma coisa importantíssima que não
é o objeto específico deste trabalho: o gosto de ler e
de escrever. Apesar de afastar o usuário da máquina, da
página branca de papel, liga-o à escrita no branco do
vídeo e de uma maneira excitante. O escrever não mais
como ato solitário mas absolutamente gregário. Eu
escrevo para partilhar meus fragmentos de vida, minhas alegrias e meu
prazer.
A pesquisa se fez de um link a outro. Assim sendo, não
pude evidentemente ter esgotado todos os sites e
páginas de diários. Fico com três, apenas e me
prenderei mais a um.
Em uma página, a de Michele,[11]
{para
visitar essa página clique
aqui} encontro uma
definição de diário, ou melhor, uma
análise que reencontra, resumindo-as, as principais
características do gênero:
Como definir o diário? Parece fácil... As razões e os conteúdos variam tanto que é quase desesperante dar-lhes uma idéia completa do que ali se pode encontrar. Em primeiro lugar, um diário se escreve ao sabor do tempo, é muito diferente de todas as autobiografias, memórias e outras parentes próximas do gênero. O diário é observado dia a dia, mais ou menos escrupulosamente mas é sempre uma espécie de representação "en direct" ao vivo da vida.
Ter um diário íntimo, é também muitas vezes bastante difícil. É uma atividade que exige uma certa disciplina, que ordena a vida. Eu gosto de mostrar os dois lados da medalha, é preciso ser realista! Pessoalmente, o que me anima é uma mentalidade que eu qualificaria de "arquivista" e de colecionadora. Desde criança, nunca pude me resolver a jogar fora seja lá o que for. Guardo tudo! Ter um diário é uma maneira de colecionar os dias... Claro , as ambições do diário são uma causa perdida de antemão.[...] Claro que o diário íntimo tem limites. [...]. Colocar-se no papel quotidianamente é também uma maneira de se colocar a nu e se decifrar o interior, sem ter a pagar uma terapia. Notemos que muitos o utilizam com fins terapêuticos, aliás, para acompanhar uma psicoterapia por exemplo ou numa convalescença. Passa-se a vida a se buscar, a se descobrir. O diário age assim como o testemunha desta busca de si , e mesmo como parceiro, pois estando sós em face de nós mesmos em nosso diário, não podemos muitas vezes agir de outra maneira senão ver e compreender aquilo que somos relendo o que escrevemos. Alguns relêem seus diários e se surpreendem com o que escreveram. Outros não compreendem mais nada. Mantendo o diário de nossos dias, é a si mesmo, é a vida que a gente interroga. Sem obter respostas muitas vezes... Um diário é uma encenação, uma representação de si. Nós somos o personagem principal de nosso diário. Nós temos às vezes a tendência a escrever as coisas não como elas são mas como deveriam ser. Escreve-se para embelezar ou dramatizar sua vida, para lhe dar um sabor novo. O diário é muitas vezes um dos últimos refúgios do sonho.
Assim, Michelle resume não só as características do diário íntimo como as do diarista, a mentalidade de arquivista, "de colecionar os dias", e a representação, reencontrando as palavras de Foucault , É a própria alma que há que constituir naquilo que se escreve.[12]
Deixando o diário de Michelle, "entrei" no
de uma professora universitária, Regine Robin,[13]{para
visitar essa página clique
aqui} francesa que se divide entre
Montreal, onde trabalha e vive, e Paris sua cidade de origem.
O site de Regine Robin divide-se em duas partes, duas vidas,
duas pessoas ou dois heterônimos. Uma, mais profissional,
não se trata de diário íntimo mas de um lugar
onde armazenou sua vida profissional: curriculum-vitae, projetos,
linhas de pesquisa, alguns artigos já publicados em
periódicos, capítulos de livros além de uma
crônica mensal que se refere ao cotidiano - à l'air
du temps -, à vida política, a leituras...
A segunda parte leva a Rivka A, espécie de heterônimo de
Regine Robin, que dá acesso a uma experimentação
autobiográfica na Internet. Contém seis entradas, seis
rubricas. Cada uma das rubricas é constituída de 365
fragmentos.
A experiência de Regine Robin partiu da
experimentação da Association Vinaigre,[14]
{para
visitar essa página clique
aqui} em Paris. Em 1994, essa
associação lançou uma experiência
paradoxal: construir uma obra coletiva a partir de pontos de vista
íntimos. Ao longo dos meses, pessoas de diferentes
horizontes se reuniram ao redor de regras simples para descrever
cenas da vida cotidiana observadas nos lugares públicos. Uma
das regras foi a de não usar a palavra Eu, mas
permanecer o mais perto possível da emoção
sentida pelo observador. Depois dos primeiros textos, Vinaigre
lançou uma revista anual e despertou a criação
de outros grupos em outras cidades. Em 97, o Journal Intime
Collectif conta com mais de uma centena de autores de 7 a 70 anos
e se abre a um público mais vasto não só ao
entrar na rede mas também começando a fazer leituras
públicas todos os dias feriados, em Paris, no Café Les
Couleurs. O objetivo maior do JIRC é o de descobrir o outro,
de suscitar nos outros o sentimento de solidariedade. Como diz seu
texto de abertura na rede, essa experiência mostrou que mesmo
em uma grande cidade, os habitantes podem comunicar-se através
de seus testemunhos e partilhar seu cotidiano. A cidade toma
então uma dimensão familiar. Essa prática requer
uma certa vigilância social, agudizando nosso olhar sobre os
outros com que cruzamos sem conhecer. Nossa atitude se torna
menos passiva diante dos pequenos acontecimentos que pontuam nossa
vida cotidiana. Como se vê, a preocupação dessas
pessoas um sentimento antigo, o de encontrar o outro, de ser
solidário... Num mundo que fala de globalização,
mas em que as pessoas estão cada vez mais solitárias e
o lucro e o mercado imperam, foi surpreendente e gratificante
encontrar essa associação.
Segundo Régine Robin:
Internet suprime as mediações. Aí a gente pode se mostrar e abrir seus escritos sem o intermediário da peneira e das filtragens que constituem um comitê de leitura, uma editora e sem o segredo do verdadeiro diário íntimo. É preciso postular que a Internet permite ao mesmo tempo a experiência da mudança de identidade e o mínimo de consistência que a continuidade temporal (todos os dias uma crônica, uma entrada) impõe além da fragmentação. Tudo é, bem entendido, fortemente narcísico, marcado pela proliferação do eu, este eu fragmentado, dissociado, saturado ou múltiplo, tão mal tratado na «vida real.
Régine Robin não quer escrever
autobiografia mas biografemas no sentido de Roland Barthes:
Se eu fosse escritor e morto, como gostaria que minha vida se reduzisse, pelos cuidados de um biógrafo amável e desenvolto, a alguns detalhes, a alguns gostos, a algumas inflexões, digamos "biografemas" dos quais a distinção e a mobilidade poderiam viajar fora de qualquer destino e vir a tocar, à maneira dos átomos epicurianos, algum corpo futuro, prometido à mesma dispersão; uma vida perfurada em suma como Proust soube escrever a sua em sua obra, ou ainda um filme à maneira antiga do qual toda palavra está ausente e cujo fluxo de imagens está entrecortado, à maneira de soluços salutares, pelo negro apenas do intertítulo, a irrupção desenvolta de um outro significante: o cabo branco de Sade, os vasos de flores de Fourier, os olhos espanhóis de Inácio.[15]
Nos diários à moda antiga, havia o segredo da gaveta e a liberdade de se estar sozinho frente à folha branca. Segundo Foucault, o constrangimento existe também no diário, em que a presença alheia que o exerce na ordem da conduta, estará presente na escrita.[16] Já, na Internet, o diário conta com a presença dos navegantes que podem se manifestar por e-mails, estabelecendo quase uma troca, quase uma correspondência. Cabe uma observação acerca da qualificação íntimo a esses diários da web, o gosto do paradoxo é uma marca dominante do novo gênero literário. Na Internet participam da história da cultura de si, mas no sentido que se dá comumente ao diário íntimo de cunho literário, mais observador da cidade e flâneur, os modernos diaristas não querem emoções íntimas, querem dividir com o outro o seu olhar pelo mundo, pela sua cidade, seu bairro, sua rua, numa volta à aldeia, ou seja, numa busca de solidariedade, de comunidade, de calor humano. Estranhamente, esta busca tem como meio um instrumento frio e técnico: a máquina, o computador.
Assim o diário de Rivka A, nome primeiro de Régine Robin, traz um passeio pela cidade mas também um passeio por seus gostos, suas histórias de vida, seus encontros. Ficamos sabendo que é de família judia, que estudou e traduz o yiddish. Em sua página, podemos acessar inúmeras páginas sobre o holocausto organizadas por outras pessoas ou grupos. Também aí colhemos a sua definição de diário. Parece que a grande preocupação dos modernos diaristas é, antes de mais nada, explicar o que entendem por diário e porque escrevem um diário na Internet. Para Regine Robin/Rivka A., o diário deveria se assemelhar a ela,
um lugar onde tudo caberia mas onde a gente poderia se encontrar, um lugar que poderia conter ao mesmo tempo os sonhos, os fantasmas, os projetos, as reflexões, as citações, as observações de leitura. Tudo como uma colagem sem ordem mas onde a gente não se perdesse mesmo assim. Poder-se-ia passear em sua vida como na cidade. Sons, ruídos, músicas, palavras escapadas dos bares, das paradas de ônibus, murmúrios, gritos, cores... A gente pararia em diferentes estágios da vida, abriria as gavetas, examinaria os anos misturados. Embarcaria em linhas de metrô com múltiplas correspondências que não se corresponderiam em nada. Nem arqueologia, nem hieróglifos, a vida como um deambular urbano.
E essa idéia do misturado, da cidade onde
muitos caminhos se cruzam está presente em seu diário.
Há entradas para os bares, para as linhas de ônibus,
para as ruas, para citações, para gavetas de vida. Tudo
se correspondendo sem correspondência mas criando ao final um
amplo e aprofundado retrato de sua proprietária/diarista.
Embora haja, na Internet, muitos diários de homens, o
número de mulheres que assim escrevem é bem grande.
Até o século XX, nenhum diário foi publicado em
vida de seu autor, reflexo de uma sociedade fortemente controlada
pelas regras sociais quando as qualidades de postura, de
discrição eram muito prezadas. Já nos
diários da Internet, os diaristas são personagens e os
diários íntimos se tornam ficções. Mas
há muitas parecenças entre esses diários e os de
escritores, pois eles são novas textualidades, uma nova forma
de escritura on line.
Sou apenas uma curiosa da Internet, mas mesmo assim, tenho o
sentimento de presenciar a grande revolução deste final
de século, um movimento social que traz uma nova forma de
igualdade nas relações com o saber, com a
informação, integrando pessoas de longínquos
países, aproximando pessoas, atualizando princípios de
liberdade, igualdade e fraternidade do século XVIII, tal como
o afirmou o filósofo Pierre Lévy
[17]("Entrevista
com Annik Rivoire", 16/01/1998), A Internet abre o caminho para um
terceiro modo de comunicação, de verdadeiro
diálogo e com uma dimensão coletiva. Assim o Web,
criando laços, permite o expressar-se facilmente, sem amarras,
sem censura. E os diários íntimos fazem a sua parte,
espalhando na rede uma nova (e velha) maneira de ver o mundo,
procurando torná-lo mais aldeia. Perdeu-se o segredo, a
intimidade, mas continua a ser o registro do efêmero e do
descontínuo tal como no século XIX e, antes de mais
nada, continua a ser uma maneira de viver! No passado, as viajantes
estrangeiras se aventuravam mar afora e escreviam seus diários
de viagem; no presente as modernas navegantes, se aventuram na
escritura em liberdade e sem medo. Diferentes maneiras de viajar, nas
duas, a conquista da liberdade e da fantasia.
*Trabalho apresentado no VI
Congresso Nacional da ABRALIC, Florianópolis, 18-22 de agosto
de 1998.
[1] A Girard. Le journal
intime. Paris: Presses Universitaires de France, 1986, 2. ed., p.
VII.
[2] Agradeço a
José Mindlin a gentileza do microfilme enviado.
[3] V. os diversos estudos de
Philippe Lejeune.
[4] GARCIA, Irma. Promenade
femmilière. Paris: Des Femmes, 1981, p. 155.
[5] DIDIER, Béatrice.
Le journal intime. Paris: Presses Universitaires de France,
1991, p. 17.
[6] VIANA, Maria José
Motta. Do sótão à vitrine. Memórias de
mulheres. Belo Horizonte: UFMG, 1995.
[7] Como se vê a partir da
pesquisa de Philippe Lejeune, Le moi des demoiselles.
Enquête sur le journal de jeune fille. Paris: Seuil,
1993.
[8] DIDIER, Béatrice.
Le journal intime. Paris: Presses Universitaires de France,
1991, p.17.
[9] V. Poétique
111, p. 359.
[10] A Girard. Le journal
intime, p. XVII e XXI
[11]
http://www.colba.net/~micheles
[12] Michel Foucault. O que
é um autor?. Trad. António Fernando Cascais
e Edmundo Cordeiro. Vega. 1992, p. 144.
[13] http://www.er.uqam.ca/nobel/r24136/index.html
[14] http://www.mygale.org/10/jic/html/hist/html
[15] Citado por F. Gaillard.
Barthes: o biográfico sem a biografia. Revue des Sciences
Humaines, n. 224, 1991-4, p. 103.
[16] Op. cit., p. 131.
[17]
Libération, Entrevista com Annik Rivoire, 16
jan.1998.
E-mail: zahide@floripa.com.br