TRANSGENDERS: QUESTIONANDO OS GÊNEROS


  ELIANE BORGES BERUTTI
UERJ - Universidade do Estado do Rio de Jane



Resumo
:
Este artigo visa discutir algumas idéias referentes a transgenders, abrindo espaço não apenas para a diversidade sexual, mas também para o questionamento dos espaços limítrofes assim como da transgressão dos papéis rígidos desempenhados pelos gêneros.

Abstract:
This articles aims at discussing some ideas concerning transgenders, fostering not only sexual diversity but also questioning the limits as well as the transgression of the rigid roles played by the genres

Considero pertinente dar início à discussão sobre transgenders, examinando o conceito do termo "transgressão". No livro The Mythology of Transgression: Homosexuality as Metaphor, Jamake Highwater faz uso do termo não como um "pecado" mas sim "como um ato de rebeldia que quebra barreiras conceptuais"(HIGHWATER: 1997, 45)[1]. O autor lembra a origem latina da palavra, transgredi, que significa "uma ação que leva uma pessoa a atravessar uma fronteira para outros mundos, incluindo os domínios míticos de demônios, deuses e espíritos." Highwater ressalta a importância do conceito de transgressão no mundo ocidental:

Onde quer que olhemos, percebemos que a idéia da transgressão está no coração da mentalidade ocidental. A idéia de que existem leis morais da natureza está tão arraigada no Ocidente que tendemos a ver rupturas nessas leis toda vez que o comportamento de alguém nos confunde ou nos afronta. (HIGHWATER: 1997,109)

faz o mapeamento dos berdaches, que são considerados como modelo de cross-genders. Cabe esclarecer que este termo é classificado como pejorativo pelos Native-Americans, já que o termo eleito para designar esses indivíduos é "dois-espíritos". Em seu artigo, Roscoe informa que a presença desses indivíduos já foi identificada em quase 150 tribos norte-americanas. E acrescenta que chegou-se a um consenso de que os indivíduos de "dois espíritos" portavam três características em comum: especialização produtiva, aprovação sobrenatural e variação de gênero. A primeira característica aponta que os homens se dedicavam ao artesanato e ao trabalho doméstico ao passo que a guerra, a caça e a liderança eram consignadas às mulheres, em uma nítida inversão dos papéis socialmente construídos para serem desempenhados por homens e mulheres. A segunda característica faz menção à concessão de poderes sobrenaturais. Além desses indivíduos serem abençoados pelos espíritos, eles eram os que possuíam poder de cura na tribo, eram os shamans. Deve-se ressaltar que tanto homens como mulheres pertenciam à classificação de indivíduos de "dois-espíritos". É interessante observar que a atividade sexual desses indivíduos variava, indo do sexo casual ao envolvimento mais duradouro com parceiros do mesmo sexo, do sexo oposto ou de ambos os sexos.

Também o comportamento dos hijiras, que são objeto de estudo da pesquisadora Serena Nanda, pode ser avaliado como transgressor. As informações contidas no artigo "The Hijiras of India" tendem a serem vistas como rupturas nas leis morais da natureza pelas pessoas que nelas acreditam. Trata-se de uma comunidade religiosa de homens dedicada ao culto a Bahuchara Mata, uma versão da deusa mãe venerada na Índia. Como parte do culto, esses homens adotam o vestuário e o comportamento de mulheres, além de se submeterem a uma operação ritual em que seus genitais são extirpados. A própria pesquisadora acima citada comenta esse ritual cirúrgico:

Esta operação ... os define como Hijiras, nem homem nem mulher, ou alternadamente, como homens femininos sagrados. Através de sua identificação com a deusa mãe e com o poder criativo feminino que personifica, os Hijiras têm um papel especial na cultura e sociedade indiana. Como não são nem homens nem mulheres, e incapazes de criar vida, eles funcionam como realizadores de ritual, em um papel de gênero alternativo institucionalizado. E essa é a base de sua ocupação tradicional. Eles realizam rituais depois do nascimento de uma criança, geralmente do sexo masculino e também em casamentos, ambas as ocasiões que têm uma conexão óbvia com a fertilidade.(NANDA: 1997,82)

O conceito de transgressão "como um ato de rebeldia que quebra barreiras conceptuais" ajuda no questionamento dos papéis rígidos desempenhados pelos gêneros. Em seu artigo intitulado "Transgender", Jay Prosser salienta algumas tensões na etimologia do termo. Derivado de "transgenderist", o termo foi cunhado no final dos anos 80 por homens que julgaram que as palavras travesti, crossdresser, drag queen ou transexual não eram apropriadas para designar os indivíduos que atravessavam a fronteira do gênero mas não a do sexo; "transgenderists poderiam ser gays ou heterossexuais; a sexualidade não era o ponto principal".(PROSSER: 1997,309) Prosser enfatiza em seu artigo que o termo "transgender" se enquadra na categoria de gênero, não se tratando de uma descrição de identidade sexual: "Transgender, portanto, tornou-se uma categoria específica de gênero ..."(PROSSER: 1997,310)

Prosser também chama a atenção para outra tensão na etimologia do termo. Trans, no sentido de "cruzando a fronteira de gênero", passou, contudo, a significar "além de". Cruzar e estar além são bastante diferentes: um aponta para a mobilidade, o outro para a stasis, um para a trajetória no espaço material, o outro para a transcendência disso. Para o teórico citado, a ambigüidade etimológica do termo transgender faz surgir uma série de perguntas:

O transgender deixa intatas as fronteiras de gênero ou as dissolve? O sujeito transgendered é um produto de um binarismo de gênero ou o transcende? Qual é o significado do sujeito transgendered estar beyond ou across? O que revela sobre sexo e gênero - que são substanciais ou não?(PROSSER: 1997,310)

Quando publicou em 1992 um manifesto político intitulado Transgender Liberation: A Movement Whose Time Has Come, Leslie Feinberg foi responsável pela divulgação do uso do termo em seu sentido mais amplo. O termo transgender passou a exercer uma função de guarda-chuva, abrigando exatamente as categorias excluídas (travestis, cross-dressers, transexuais e drag queens), além de incluir butches, drag kings, bull dykes, andróginos e intersexuais; em suma, qualquer categoria intitulada de "gender outlaw"[2].

A partir dessa nova noção, também veiculada por outras pessoas, foi possível a articulação dessas categorias em torno não apenas de uma comunidade mas também de uma política transgender, assim como de uma inserção na academia que viesse a contemplar os estudos transgender.

Em 1997, com a publicação de Transgender Warriors, o termo guarda-chuva adquiriu mais adeptos devido à repercussão do livro de Feinberg.

"Você é um rapaz ou uma garota? Ouvi esta pergunta minha vida toda. A resposta não é tão simples, pois não existem pronomes na língua inglesa tão complexos como eu sou, e não quero me simplificar para poder me encaixar em um ou no outro."(FEINBERG: 1997,ix)

Com essas palavras, Feinberg inicia o prefácio de seu livro, apontando para a complexidade de sua própria sexualidade assim como para a deficiência lingüística em nomear o que é.

Duas posições chamaram a minha atenção no livro acima mencionado. A primeira reside na crítica sobre a teoria de gênero tal como é feita ultimamente. Para Feinberg, esta teoria encontra-se distanciada da experiência humana. "Mas se a teoria não é a resina cristalizada da experiência, cessa de ser um guia para ação."(FEINBERG: 1997,xiii) A segunda posição que considero relevante é a de dar voz aos sujeitos objetos da pesquisa. Em outras palavras, para se falar sobre transgenders torna-se imprescindível ouvir seus depoimentos, não apenas teorizar sobre a questão, sem levar em consideração suas emoções, vivências e, principalmente, seu olhar sobre si mesmo e o mundo à sua volta.

Por conseguinte, seguindo a proposta veiculada por Feinberg, passo neste momento do texto a dar voz a diversos transgenders, citando vários depoimentos.

Morgan Holmes, intersexual:

Nós vivemos em um sistema binário que tem apenas duas formas de classificar o sexo anatômico. Portanto, não é uma tarefa fácil para a maioria das pessoas, incluindo as feministas, entender a intersexualidade, exceto como uma coisa completamente diferente. Na verdade, tão diferente que é considerada como uma anomalia médica. ... O que é mais difícil ainda do que identificar alguém como um membro da comunidade "mulher" é tentar definir a identidade de alguém como uma intersexual/mulher. A tarefa requer resgastar uma identidade que se tornou ilegítima pela cultura e foi roubada pela cirurgia.(FEINBERG: 1997,139)

Jennifer Miller, artista performática:

Se eu não posso lutar contra os poderes só porque tenho um pouco de cabelo no meu rosto, então o que posso fazer? Se não mantivesse minha barba, seria uma afirmação de falta de esperança. As mulheres têm cabelo facial. Guardar segredos requer energia que é debilitante, especialmente quando é por vergonha ou medo. Minha barba é uma performance de vida toda. Eu vivo num lugar bastante liminal. "Liminal" significa um entre-lugar. Significa estar numa entrada, ou no amanhecer ou no anoitecer. É um lugar adorável. No teatro, é quando as luzes se apagam. E antes da performance começar.(FEINBERG: 1997,143)

Na comunidade de homens transexuais, estamos ainda lidando com a sobrevivência básica individual. As pessoas gostariam de não ter medo de perder seus empregos, não ter medo de perder suas relações sociais. Perder seus filhos. É básico. Estão preocupadas em pagar sua cirurgia, em ver um médico, em ter bom atendimento médico. E, eventualmente, elas começam a se preocupar um pouco em serem aceitas - especialmente se estão indo da comunidade lésbica para o mundo dos homens - elas se preocupam em serem aceitas como homens. Para muitas, isso significa ficar no armário. ... Tudo isso é uma questão de direitos humanos básicos.(FEINBERG: 1997,145)

Bo Headlam, estudante de medicina:

Sou uma lésbica butch negra que veste roupas masculinas. É difícil para mim viver da maneira que é tão natural para mim. Muitas pessoas no mundo (ou pelo menos no mundo ocidental) não gostam de certas qualidades nas pessoas. Então, esses indivíduos não gostam de mim porque eu sou (em qualquer ordem) 1) uma mulher; 2) uma negra; 3) uma lésbica; 4) uma butch. O quinto ponto de aversão, de acordo com essas pessoas, é que eu me visto com roupas masculinas, o que nenhuma mulher deve fazer. ... Eu confronto comentários racistas. Eu confronto as pessoas que dizem quando eu ando na rua, "O que é isto?" Eu confronto as mulheres nos banheiros públicos que insistem que sou um homem. Eu confronto qualquer outra pessoas que insiste que sou um homem. Eu confronto comentários homofóbicos. E a lista continua .... (FEINBERG: 1997,148)

Sharon Ann Stuart, uma das fundadoras da International Conference on Transgender Law and Employment Policy:

Como uma pessoa bigendered, eu apresento identidades masculinas e femininas com o mesmo conforto. Eu aprecio e honro os dois papéis de gênero. Para mim, a expressão de gênero é parecida com a língua. Por exemplo, alguns pensamentos e emoções são expressos numa língua melhor do que em outra ... Ninguém pode ser "totalmente homem" ou "totalmente mulher". Desde criança, eu adquiri a habilidade de expressar feminilidade assim como masculinidade.(FEINBERG: 1997,156)

É interessante observar a gama da diversidade sexual que varia da intersexualidade à transexualidade contida nesses depoimentos. No primeiro, Morgan Holmes chama a atenção para uma "anomalia médica" que ocorre quando o sexo anatômico de um bebê não se encaixa no rigoroso sistema binário. Na maioria das vezes, uma intervenção cirúrgica é adotada para "corrigir" essa anomalia. Em alguns casos, os pais são consultados; todavia, nem sempre isso acontece, cabendo aos próprios médicos decidir por conta própria. Cumpre acrescentar que, na maioria dos casos, a decisão recai em transformar o sexo do bebê em feminino, por ser mais fácil do ponto de vista cirúrgico. O depoimento dessa mulher/intersexual reivindica a identidade julgada ilegítima por padrões culturais e extirpada pela cirurgia.

Jennifer Miller lida com sua sexualidade de forma bastante criativa. Na adolescência, além de sofrer as transformações corporais de praxe, ela teve uma adicional - o surgimento de uma barba em seu rosto, o que a diferenciou das outras garotas. Entretanto, Jennifer não se restringiu a desempenhar o papel de uma figura típica de circo, a mulher barbada. Recusando-se a eliminar os cabelos do rosto, ela assume a posição de ocupar um entre-lugar na categoria de gênero. Jennifer transforma sua aparência física em um ato de transgressão deliberada: ela faz performances em que aparece desnuda da cintura para cima, mostrando os seios, em constraste nítido com a barba que emoldura seu rosto.

James Green aponta para a vivência das mulheres que optam por cirurgia e hormônios a fim de assumirem sua identidade masculina. Além da dor física e das despesas médicas, Green pontua o drama vivido por essas pessoas na transição entre a comunidade lésbica e a masculina. Para muitos transexuais FTM(Female to Male), os problemas de inserção no mundo dos homens são bastante complexos. Ademais, o líder comunitário ressalta a luta dos transexuais masculinos pela sobrevivência básica individual.

Já Bo Headlam não optou por uma cirurgia sexual para poder vivenciar sua expressão de gênero, mas sim por uma atitude e roupas que mais condizem com sua personalidade. Ela enumera com precisão os problemas que enfrenta por assumir sua identidade transgressora. A opção de Sharon Ann Stuart também recaiu em viver com a identidade que lhe dá mais conforto, em seu caso, ser bigendered. Assumindo igualmente sua condição feminina e masculina, ela transita pelas duas assim como uma pessoa bilíngüe o faz entre duas línguas, para citar a metáfora criada por ela. Devo assinalar que os depoimentos acima mencionados são marcados por diferentes modalidades de transgressão.

Elegi finalizar os depoimentos, dando voz a Feinberg, que sintetiza em três citações selecionadas a complexidade que envolve a questão do gênero: "A "teoria de gênero" que aprendi na escola, em casa, nos livros e no cinema foi muito simples. Existem homens e mulheres. Os homens são masculinos e as mulheres são femininas. Fim do assunto.(FEINBERG: 1997,102)" Nesta primeira citação, Feinberg refere-se à divisão binária entre os sexos e à associação normativa entre gênero e sexo. "Já que sexo e gênero foram sempre vistos como sinônimos quando estava crescendo, desassociar os dois foi muito importante no meu pensamento."(FEINBERG: 1997,102) Esta segunda citação enfatiza a desarticulação entre gênero e sexo, desarticulação essa fundamental para os estudos transgender.

Sou transgendered. Nasci mulher, mas minha expressão masculina de gênero é vista como a de um homem. Não é meu sexo que me define, e não é minha expressão de gênero. É o fato de que minha expressão de gênero parece não condizer com meu sexo. ... É a contradição social entre os dois que me define.(FEINBERG: 1997,101)

Na terceira citação, Feinberg salienta a contradição social entre gênero e sexo que, por sua vez, define os transgenders.

Sob minha ótica, a história em quadrinhos de autoria de Alison Bechdel, criada especialmente para o livro, trata com humor essa contradição social entre gênero e sexo que tanto choca as pessoas ditas "normais", ou seja, que seguem a norma. A história enfoca três personagens na saída do cinema - uma butch, uma lésbica e uma transexual. A butch releva à amiga lésbica seu desconforto em ir ao mesmo banheiro com uma mulher que nasceu homem. Contudo, quando entra no banheiro, ela é abordada agressivamente por outra mulher que lhe pergunta se ela não está usando o banheiro errado. Ironicamente, a personagem transexual não se torna o alvo da crítica dessa mulher, porque consegue conjugar gênero e sexo, passando, portanto, desapercebida. Mas o mesmo não acontece com a butch com sua "expressão masculina de gênero".

Um dos méritos do livro de Feinberg reside, a meu ver, em discutir a questão da sexualidade sob a luz da opressão. Indo de encontro ao argumento usados pelas feministas de que algumas mulheres se fazem passar por homens para poderem sobreviver em uma sociedade patriarcal, Feinberg afirma:

Eu tenho vivido como homem, porque não poderia sobreviver abertamente como uma pessoa transgendered. Sim, sou oprimida nesta sociedade, mas não sou apenas um produto da opressão. Esta é uma expressão que torna todas as identidades trans sem sentido. Passar por outro sexo significa ter que esconder nossa identidade por medo, para poder viver. ... Ser forçada a passar por outro sexo é que é um produto da opressão.(FEINBERG: 1997,89)

Nos anos 70, eu acreditava estar vivendo uma revolução sexual que permitia à mulher o direito ao sexo, não apenas libertando-a do medo da gravidez mas também, e mais importante, liberando-a do papel obrigatório de esposa e mãe. Entretanto, devo confessar que, em 2001, ao ler depoimentos de vários transgenders e ver suas fotos, estou convencida de que a grande revolução sexual reside na liberdade de gênero - na extinção dos papéis rígidos desempenhados pelos gêneros. Falar sobre transgenders implica em dar voz à luta contra a opressão social causada pelas categorias fixas de masculinidade e feminilidade, contra a imposição obrigatória da vinculação entre sexo e gênero. Trata-se, como afirmou James Green, de direitos humanos básicos. Acredito que cada ser humano deva ter o direito de poder escolher seu sexo e também de expressar seu gênero. Ao pesquisar sobre transgenders, dois parâmetros ficaram claros para mim - abrir espaço para a diversidade sexual e defender um paradigma de multiplicidade de gêneros. Gostaria de concluir este artigo, citando as palavras do personagem Edgar no final da peça teatral King Lear, de William Shakespeare: "Speak what we feel, not what we ought to say".(SHAKESPEARE: 1992, 226-227)[3]



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BORNSTEIN, Kate. Gender Outlaw: On Men, Women and the Rest of Us. New York: Routledge, 1994.
FEINBERG, Leslie. Transgender Warriors: Making History from Joan of Arc to Dennis Rodman. Boston: Beacon Press, 1997.
HIGHWATER, Jamake. The Mythology of Transgression: Homosexuality as Metaphor. New York: Oxford University Press, 1997.
NANDA, Serena. " The Hijiras of India". In: DUBERMAN, Martin, ed. A Queer World. New York: New York University Press, 1997. p. 82
PROSSER, Jay. "Transgender". In: MEDHURST, Andy and MUNT, Sally, ed. Lesbian and Gay Studies : A Critical Introduction. London: Cassell, 1997. p.309-10
ROSCOE, Will. "Gender Diversity in Native North America: Notes toward a Unified Analysis". In: DUBERMAN, Martin, ed. A Queer World. New York: New York University Press, 1997. p. 65-81
SHAKESPEARE, William. O Rei Lear. (ed. bilíngüe) Trad. Jorge Wanderley. Rio de Janeiro: Relume -Dumará, 1992.


[1]Minha tradução assim como as demais deste artigo.
[2] Este termo intitula o livro de Kate Bornstein, que refere a si própria e a outras pessoas que não se encaixam no padrão rígido da categoria de gênero de "gender outlaw".
[3]"Devemos ceder à quadra severa;
Dizer sentindo, e não o que se espera:..."

Eliane Borges Berutti é professora adjunto de Literatura Norte-Americana na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Fez o doutorado em História na UFF, defendendo a tese A dança de Clio e Calíope: uma leitura interdisciplinar dos protestos dos jovens norte-americanos nos anos 60. Atualmente, faz pós-doutorado na New York University em queer studies.


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